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Ação Educativa
do Instituto Tomie Ohtake



Stela Barbieri começou a atuar no Instituto Tomie Ohtake como diretora em 2002, quando ainda só havia algumas visitas iniciais coordenadas por Gilda Batista. Stela e equipe desenvolveram, então, um trabalho de implementação de ateliês e de formação de equipes de educadores e coordenadores. Foi um caminho de construção das bases do trabalho do educativo, desde o espaço físico até as concepções estruturantes. O Instituto Tomie Ohtake, desde o seu início, se propôs a trabalhar com artes, design e arquitetura dos anos 50 até a atualidade, em diálogo com outras áreas do conhecimento.

Seu percurso como diretora da Ação Educativa do Instituto Tomie Ohtake se estendeu até 2014. Sua atuação, junto ao corpo diretor do instituto, caminhou no sentido de estruturar e ampliar os encontros entre os vários públicos e o universo da arte contemporânea, propondo aproximações, através de diversas proposições e linguagens, entre os saberes e os fazeres da arte e da vida.


"Iniciei o trabalho no Instituto Tomie Ohtake em agosto de 2002, a convite de Agnaldo Farias. Nas primeiras reuniões com Ricardo Ohtake, o desafio era criar uma área educativa que aproximasse os mais variados públicos do universo da arte. Elaborei um primeiro projeto do que seria a Ação Educativa, em diálogo com Ana Lucia de Calazans Pierri (Ucha), importante interlocutora naquele momento. Tínhamos algumas pistas de como esse setor poderia ser com base em minhas experiências como educadora e artista. Feito o esboço, conversamos muito com Ricardo Ohtake e Agnaldo Farias. Fomos trilhando alguns caminhos até chegar ao que é hoje a Ação Educativa do Instituto Tomie Ohtake."




A Ação Educativa promoveu projetos como o Vivências Culturais para Educadores, programa para formação de professores da rede municipal de São Paulo que atendeu, nas diversas áreas do conhecimento, 6 mil professores. Sobre esse projeto, Stela Barbieri relata:


"Para conseguir atingir o maior número possível de participantes, procuramos a Secretaria Municipal de Educação e apresentamos um projeto, com cursos e exposições, que proporcionaria a 200 professores uma experiência de deslocamento, com ações de produção, observação e reflexão.


Tivemos como resposta outra proposta, ainda mais desafiadora: fazer um projeto para 4 mil professores, com 120 horas de duração, que englobasse nossa proposição anterior e, ainda, contemplasse todas as modalidades da arte. A equipe do educativo do Instituto arregaçou as mangas, chamamos mais pessoas e desenvolvemos um sistema de rodízio para atender a grupos de 35 pessoas, dedicando-nos totalmente à realização do projeto Vivências Culturais para Educadores no primeiro semestre de 2003.


Nós, do Instituto, e os professores participantes tivemos a alegria de aprender muito com os mais diversos profissionais das artes, uma experiência inesquecível. Esse projeto foi tão significativo que no ano seguinte fizemos uma segunda edição, dessa vez para 2 mil professores, seguida de um aprofundamento para 600 professores. O número de participantes era superior à capacidade física do Instituto Tomie Ohtake (4 mil professores na primeira edição e 2 mil na segunda). Portanto, foi necessário providenciar outros espaços e parcerias que acolhessem pequenos grupos."





A Ação Educativa implementou também o Núcleo Permanente de Formação do Professor, que realizou o Programa Chamex em 2003 e 2004, e desde 2005, o Programa IMPAES. Contou, ainda, com o projeto Criatividade: Ação e Pensamento, realizado em parceria com a Fundação Carlos Chagas. Esse projeto foi um laboratório que se destinava a estudar novas propostas metodológicas de aproximação entre o público das escolas de ensino médio – alunos e professores – e a produção de arte contemporânea, a partir do contato com artistas e suas obras.

Além das atividades já citadas, até 2014, a Ação Educativa do Instituto Tomie Ohtake desenvolveu um intenso trabalho de atendimento ao público com visitas orientadas seguidas de ateliês, cursos, workshops e seminários para artistas, educadores e pessoas interessadas. Foi elaborado, ainda, um trabalho aprofundado de publicações e materiais educativos que propusessem aproximações e deslocamentos em relação às linguagens da arte e processos de artistas, como os Cadernos do Olhar.






Os relatos de Stela Barbieri foram extraídos do texto de sua autoria “Uma História em Andamento”, que integra a publicação “percursos - Ação Educativa Instituto Tomie Ohtake”. Clique aqui para ler a publicação completa.

Clique aqui para ler a publicação sobre o Vivências Culturais para Educadores.


Clique aqui para conhecer os programas da Ação Educativa do Instituto Tomie Ohtake entre os anos 2002 e 2014.

Para maiores informações sobre o trabalho da Ação Educativa do Instituto Tomie Ohtake entre no site www.institutotomieohtake.org.br



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binah ︎︎︎


Stela Barbieri é artista, contadora de histórias, autora e educadora. Dirige o bináh espaço de arte.