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Artigo: Formação Intermitente

Intermittent Education


Stela Barbieri¹

Resumo/ Abstract

Este artigo tem como objetivo principal discutir alguns pontos de vista sobre a formação em artes num espaço não formal, a partir da reflexão dos professores-artistas que atuam nos cursos do Espaço do Olhar promovido pela Ação Educativa do Instituto Tomie Ohtake.

Em junho de 2008, a Ação Educativa promoveu o 1º Seminário do Espaço do Olhar, com o objetivo de formalizar as experiências educativas que foram se construindo no contato diário com os alunos ao longo de seis anos de existência. Aspectos como o desafio de ensinar a arte, educação do olhar, relação professor-aluno e as relações entre o conteúdo e a forma foram abordados neste seminário que apresentaremos a seguir.


Palavras-chaves: ensino da arte, formação de artistas, papel do professor


This article's main purpose is to discuss some view points on art-educacional processes in a non-formal space, based on reflections by artists-teachers wich work on the "Space of the Gaze" courses promoted by the Educational Activities from the Instituto Tomie Ohtake.

The 1º Space of the Gaze Seminar ocurred on June 2008, promoted by the Educational Activities, aiming to formalize the educational experiences built through its six years of existence and daily contact with students. The task of art-teaching, the development of observation, the relationship between student and teacher and also between form and content were broached subjects of this seminar, as it follows.


Key-words: art-education, artist's development, teacher's role




Entre as diversas linhas de atuação da Ação Educativa do Instituto Tomie Ohtake, destaca-se o Espaço do Olhar – um programa permanente dedicado à formação de profissionais dos mais diversos campos, comprometidos com a reflexão e a prática artísticas. Criado há seis anos, o Espaço do Olhar constitui-se no núcleo de cursos da Ação Educativa, cujo principal objetivo é ser um centro ativo da instituição, um ponto de encontro e intercâmbio entre estudantes e profissionais das mais variadas áreas e de diferentes faixas etárias, todos eles com interesse comum na arte contemporânea e aspectos correlatos da cultura. O Espaço do Olhar funciona de modo intermitente, combinando subprogramas especiais, de periodicidade variada, com outros oferecidos de modo contínuo, e que em ambos os casos podem ser cursados de acordo com o interesse e a disponibilidade dos alunos. Orientados por profissionais reconhecidos em suas respectivas áreas, artistas e especialistas atuantes, os cursos, oferecidos semestralmente, contemplam pintura, escultura, aquarela, fotografia, desenho, filosofia, história da arte contemporânea, instalação, gravura, cenografia, história da música, literatura dentre outros.

Cada um dos professores tem autonomia para desenvolver seu próprio curso, de modo que enquanto alguns estruturam suas aulas a partir de ementas e conteúdos devidamente formalizados, outros, pautados numa dinâmica fundada no acompanhamento, levam seus cursos de tal modo que certos alunos terminam por segui-los durante anos.

Os cursos propostos passam pelo crivo da equipe do Espaço do Olhar, que os seleciona a partir do modo como abordam as discussões contemporâneas no âmbito da reflexão e da prática artística, como também do ensino da arte. Naturalmente, são levadas em conta as sugestões dos alunos e da equipe de colaboradores, entre os quais os próprios professores.

De acordo com o escopo do Espaço do Olhar, interessa mais o desenvolvimento pessoal do aluno que a simples aquisição de técnicas específicas. Nas aulas-ateliês, os professores compartilham conhecimentos construídos ao longo de suas vidas, dividindo percepções, tecnologias entre outros recursos provenientes de suas trajetórias.

No final de cada semestre, a Ação Educativa do Instituto Tomie Ohtake organiza uma exposição de seus cursos e ações, a fim de que todos possam compartilhar os trabalhos desenvolvidos no semestre. No primeiro semestre de 2008, acompanhando a exposição, foi organizado um seminário com três mesas redondas compostas pelos diferentes professores do Espaço do Olhar, todas elas com a finalidade de debater, potencializar e ativar o espaço de formação e refletir sobre o trabalho realizado, num diálogo entre professores e alunos, enriquecido pela participação de profissionais – artistas e especialistas. Os assuntos tratados nesse seminário foram: formação, o papel do professor, produção de arte e os cursos do Instituto Tomie Ohtake. A primeira mesa foi composta pelos professores do Espaço do Olhar: Agnaldo Farias (crítico de arte), Laura Vinci (artista plástica), Dudi Maia Rosa (artista plástico), Inaê Coutinho (fotógrafa), Márcia Xavier (artista plástica) e Pablo Vilar (cenógrafo); a segunda, contou com a participação Paulo Pasta (artista plástico), Deborah Paiva (artista plástica), Odilon Moraes (ilustrador), Marina Saleme (artista plástica) e Fernando Vilela (artista plástico e ilustrador); e a terceira mesa com Adriane Galinari (artista plástica), Flávia Ribeiro (artista plástica), Edith Derdyk (artista plástica) e Peter Pal Pelbart (filósofo).

A intenção deste artigo é trazer alguns pontos de vista sobre a formação em artes num espaço não formal, a partir dos diálogos ocorridos neste seminário.


O ensino da arte

A realização deste seminário foi uma oportunidade para que cada professor pudesse refletir sobre seu curso e seu modo de ensinar e pensar o ensino da arte. Vários deles, ao comentar seu curso, retomavam sua própria formação e o que foi importante nela.

Dentro do grupo de professores, as posições sobre o ensino da arte são bastante variadas e, às vezes, antagônicas: enquanto alguns acreditam que o fundamental é tratar das questões técnicas, ensinar procedimentos, fazer o passo a passo, outros acreditam no desenvolvimento de um pensamento dentro da linguagem, focando mais o processo. Outros, ainda, estabelecem suas estratégias de aula permeadas por referências de trabalhos de artistas; e, por fim, há aqueles que misturam um pouco de tudo isto. Em todos os casos, e junto com suas respectivas práticas, cada um não se exime de externar seu ponto de vista particular e abre-se para a troca de idéias.

A preocupação da equipe da Ação Educativa é que haja justamente esta diversidade e que, tão logo os alunos tenham a possibilidade de perceber suas empatias com os diversos modos de ensinar, passem a se responsabilizar por sua própria formação, fazendo conexões, escolhas e sínteses em seu processo de aprendizagem.

Como afirmou Agnaldo Farias, na qualidade de um espaço focado na formação, o Espaço do Olhar, com sua obrigação de propiciar o florescimento de matizes variados sobre a prática e a reflexão artísticas, tem um amplo arcabouço, inclusivo, tanto quanto possível aberto aos variados matizes que compõem a cultura contemporânea.

Em seu curso sobre instalações, um dos que ofereceu no Espaço do Olhar, Laura Vinci discute com seus alunos o que é fazer e pensar arte hoje e acompanha a produção individual, abrindo espaço para a pesquisa de novas ferramentas para fazer arte. Durante o curso, Laura estabelece relações entre o trabalho dos alunos e de outros artistas, trazendo para tanto referências - imagens e textos. Abre espaço para que, no final deste período, cada aluno monte uma instalação em um dos ateliês do Instituto Tomie Ohtake, para assim concretizar seu projeto, apresentando um registro dele na exposição.

Inaê Coutinho, professora de fotografia, aponta para outra visão sobre as questões técnicas: “Na sala de aula, num primeiro momento, a minha atitude é mais diretiva. Aos poucos as pessoas vão trilhando seus caminhos, vão descobrindo possibilidades até o ponto em que seus trabalhos vão chegando a níveis que permitem discussões mais substantivas sobre o que está sendo desenvolvido como, por exemplo, com qual linguagem está operando, o que é que está por trás dela, quais as questões que afloram a partir de seu uso, e daí por diante².”

Para Adrianne Gallinari, a reflexão e a ação, estão juntas: “Quando você desenha, se coloca muito, vai muito profundo na emoção, na realidade do momento. Acho importante esse momento, esse momento presente no fazer.³”

A discussão sobre processo e produto, sobre técnica e linguagem esteve presente em vários momentos do seminário, nas diferentes mesas redondas. Marina Saleme, por exemplo, fez a seguinte colocação: “Eu acho que a pintura, as tintas, os pincéis, são ferramentas. Eu tenho alunos que têm um controle técnico da pintura tão grande que às vezes eles ficam um pouco escravos desta técnica em detrimento da poética, da alma do trabalho.⁴”

Nos diálogos, os alunos também contribuíram adensando a discussão: “Me parece que esse embate entre técnica e processo não é exclusividade do âmbito artístico, acho que este dilema está em qualquer lugar que tem uma atividade humana acontecendo, principalmente no campo profissional. Não há dúvida que ele reverbera no campo da  arte. Eu tive a oportunidade de ter aula com a Laura e com o Dudi e o que eu vivenciei foi exatamente isso: com estilos completamente diferentes, ambos trazem a questão entre técnica e processo com uma densidade singular, e isto transborda e te contagia e você começa a fazer um trabalho⁵”.

Dudi Maia Rosa comenta que, em seu curso de aquarelas, não há foco específico na questão formal: “Eu me lembro que uma vez, num curso de aquarela, uma aluna escreveu uma avaliação dizendo que eu não era um professor qualificado porque eu não ensinei devidamente o modo dela representar a sombra de uma pedra. Realmente eu não sou esse professor que ensinaria a forma da aquarela, mas não porque não me cabe, e sim porque penso mais como artista desenvolvendo um trabalho com suas próprias questões, dividindo com a pessoa, convivendo, trabalhando suas questões”. Enquanto falava, Dudi retomou sua formação na Escola Brasil, lembrando: “A arte não se ensina, se aprende⁶”.

Esta é uma questão antiga no ensino da arte – Arte se ensina? Paradoxalmente, as pessoas que levantam essa questão são professores de arte. Assim, cabe pensar o que realmente acontece dentro das aulas de arte, o que é realmente ensinado.


Para Paulo Pasta, a pergunta fundamental é: “Qual o sentido da arte hoje? Qual a situação dela, o estatuto dela hoje em dia? Eu vejo que, cada vez mais, escolas e faculdades estão formando e colocando artistas no mercado. E fico imaginando: será que isso também não é contraditório ao que seria arte? Quer dizer, a arte não é o desregramento? Se a arte é ir contra a regra, será que estas escolas não estão só normatizando as coisas? Quando você ensina arte, você ensina a partir do quê? Será que não é puxar do aluno ou para o aluno justamente aquilo que seria o lado dele, o contrário de tudo? Outro dia, eu ouvi uma professora de artes, muito distante daqui, pedindo para os alunos copiarem um trabalho da Tarsila do Amaral. Isso não é nenhuma novidade. O que ela estava fazendo com aquilo era óbvio, transformando a arte num exercício simplesmente acadêmico, e tudo aquilo que na Tarsila foi dúvida, opacidade, confronto, estranhamento, está transformado numa coisa pacificada. Será que é assim que se faz, assim que se ensina, assim é que é? É justamente ensinar, não a copiar a  Tarsila, mas sim ensinar a inquietação que gerou aquilo na Tarsila”.

Márcia Xavier, por sua vez, comenta que o núcleo mais importante de sua poética vem de sua biografia, pelo fato de, na infância, assistir a seções de projeções de slides e super 8 das imagens que seu pai, piloto de avião, fazia durante seu trabalho na aviação. E comenta como aprendeu, com a prática, mais do que em qualquer outro curso.

Odilon Moraes, refletindo sobre sua formação relembra: “A gente sempre tenta descobrir quando a gente começou a fazer aquilo a que a gente se dedica, ou pintura ou ilustração. Nessas tentativas, é lógico que se vai descobrindo várias origens, mas talvez a principal que passe pela minha cabeça é que o meu pai pintava e eu quando era moleque com uns seis anos, pintava junto com ele. Cada um com seu cavalete. Na verdade tinha muito silêncio na nossa relação, e nesses momentos a gente conversava pintando e depois voltava para casa, cada um punha seu quadro e era como se tudo que a gente tivesse conversado em silêncio ficasse, permanecesse conversando”.

Um ponto de certa forma levantado por todos os professores foi o deslocamento, necessário para a aprendizagem, que os professores podem proporcionar aos alunos quando fazem propostas provocadoras ou ao lerem obras de arte com eles e para eles. Fernando Vilela comenta: “No ensino da arte a gente trabalha muito com a subjetividade, por um lado, a nossa experiência estética. Por outro trabalhamos com a objetividade da linguagem. Então quando se comenta um trabalho de arte de um aluno tratamos das questões da linguagem como o uso cor, os elementos compositivos do trabalho, a orientação técnica de como se usa a tinta, etc. Mas também existe um encontro que de certa forma é um bastante íntimo, porque a experiência poética de cada um é uma experiência muito subjetiva e interna. Nesse sentido todo cuidado é pouco.⁷”

A formação de um artista se dá por um conjunto de experiências articuladas. Tudo o que atravessa e marca este artista com relevância pode contribuir para sua formação; os filmes que viu, as viagens realizadas, os livros lidos, seus encontros e desencontros, os cursos que fez, os mestres com os quais aprendeu e os percursos que inventou ou as experiências com os materiais e aquelas que a vida traz. Mas o que parece realmente mais relevante é o espaço para troca, que permite pôr a matéria em movimento, como disse Peter Pal Pelbart em sua fala, ao citar o filósofo Gilles Deleuze.

Peter coloca que o papel do professor é reconciliar cada aluno com sua solidão, solidão solidária onde há escuta e troca.

Foram levantados outros aspectos referentes ao papel do artista como professor, de como muitas vezes este papel é visto com preconceito pelo meio de artes, percebido apenas como uma estratégia de sobrevivência enquanto, ao contrário, existem muitos artistas professores que não enxergam assim o ensino da arte. Dudi traz este aspecto lembrando de Joseph Beuys que via o trabalho de educação na mesma dimensão de importância de seu trabalho de arte, como uma escultura viva.


A cada semestre, os professores têm a oportunidade de mudar o curso oferecido, de maneira a manter ativada uma constante renovação em sua ação, procurando outros sentidos para sua própria prática, evitando o risco de deixar que o curso fique mecânico e excessivamente transmissivo, mas que consiga atualizar o vigor de sua ação a cada semestre, a cada aula.

Isto faz com que os professores possam experimentar novos formatos como comenta Edith Derdyk: “A cada semestre eu penso em novas proposições com o desejo de poder experimentar outros formatos de curso, sempre a partir de alguma idéia que no fundo está me mobilizando no momento, como artista, mas também considerando as respostas e conversas que surgem com os alunos e que vão se somando como conjunto de experiências. Existe aí uma espécie de solidariedade. Uma observação que me deixa muito confortável é perceber que, apesar dos cursos estarem acontecendo dentro de um local chamado ‘Instituto’, o Espaço do Olhar permite uma mobilidade para experimentar e conjugar experiências, de todos os lados.⁸”

Como os alunos do Instituto são de diversas áreas, este é outro desafio para os professores, que muitas vezes se sentem estimulados com isto: “Eu adoro que as minhas aulas aqui no Instituto tenham pessoas de áreas diversas: médicos, psicólogos, estudantes, isso torna o percurso muito rico. Eu gosto de trabalhar com gente que não tem experiência, que nunca pegou num lápis. Enfim, para mim, quanto mais diverso melhor, é uma coisa que me instiga muito, me cutuca. Acho que quando eu estou num ambiente de aula, me sinto mais uma provocadora do que uma transmissora de algum tipo de conhecimento, e isto também me provoca, me faz pensar no meu próprio trabalho⁹”, comenta Flávia Ribeiro.


Produto e processo postos em Reflexão


Cabe lembrar que esse seminário ocorreu justamente no momento em que os alunos  apresentavam os resultado obtidos ao final de um processo de curso com a duração de  um semestre.

Para disparar o processo de montagem da exposição, o Instituto através do Espaço do  Olhar, a partir do curso sobre montagem dado pelo professor Pablo Vilar, pensou na  ocupação do espaço dos ateliês a fim de dar dignidade aos trabalhos expostos para que eles possam ser vistos de uma maneira minimamente adequada.

Para tanto, considera-se que os exercícios propostos nas aulas são desafios para  impulsionar os alunos a darem seus passos e saltos, para que possam transgredir seus  próprios limites e avaliar seu produto numa tentativa de que os próximos passos partam  dos primeiros, num movimento pendular de ir e vir para dentro de seu próprio percurso.

O ambiente da exposição foi concebido como um lugar onde os questionamentos se  evidenciam assim como as contaminações; um ponto de encontro em que os alunos  aprendem uns com os outros e os professores têm a possibilidade de avaliar seu trabalho  através do exame dos resultados efetivamente apresentados pelos alunos.

Para alguns professores, é essencial que o processo seja arrematado com uma exposição,  pois o resultado também é fundamental, como comenta Déborah Paiva: “Eu acho  fundamental ter um produto, tratar o trabalho do aluno como trabalho de arte no estágio  em que ele estiver, pois isso é uma forma de respeito. Quem define o trabalho como um produto acabado é o próprio aluno no decorrer de suas experiências. Eu acho que  quando faço comentários sobre os trabalhos, eu sempre penso neles como um trabalho  finalizado, como produto de arte mesmo, e os comentários são feitos, de modo a não subestimá-los. Não é o produto final o mais importante, mas o fato dele, aluno, se  perceber fazendo arte e se comprometer com o que faz. Expor faz parte disto¹⁰”.

Em suma, tomamos a exposição como fechamento de um processo, um percurso em que  todos os momentos são tratados com a mesma relevância: da preparação dos ateliês para  as aulas, o desenvolvimento dos cursos propriamente ditos até o ponto em que são  levados a público. Uma seqü.ncia de ciclos que se iniciam e se encerram semestralmente, separados por um pequeno intervalo tão necessário quanto uma respiração, momento em que todos revêem suas ações, avaliam e redimensionam e eventualmente reorientam seus novos caminhos. Consideramos esta intermitência fundamental para uma ação contemporânea de ensino de arte, onde a transformação está na ordem do dia, um insumo fundamental para que saibamos o que conservar e o que transformar no nosso dia a dia dedicado à arte e educação.





¹ Diretora da Ação Educativa do Instituto Tomie Ohtake, assessora da área de artes da Educação Infantil da Escola Vera Cruz, assessora da área de artes da Escola Castanheiras e Escola Nossa Senhora das Graças, São Paulo, SP, Brasil.² Trecho de fala transcrito a partir do Seminário Espaço do Olhar, realizado pela Ação educativa do Instituto Tomie Ohtake, em junho de 2008.
³ Idem.
⁴ Idem.
⁵ Idem.
⁶ Idem.
⁷ Idem.
⁸ Idem.
⁹ Idem.
¹⁰ Idem.


Referências:

BARBOSA, A. M. Teoria e Prática da Educação Artística, São Paulo: Cultrix 1990/1995.

BARBOSA, A. M. Imagem do ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Editora Perspectiva, 1981.

DELEUZE, G.; GUATARRI, F. Mil Platôs. São Paulo: Editora 34.

DEWEY, John. A Arte como Experiência. São Paulo: Abril, 1974.

DUARTE JÚNIOR, João Francisco. Fundamentos Estéticos da Educação, Campinas-SP: Papirus, 2005.

NUNES, Benedito. Introdução à Filosofia da Arte. São Paulo: Editora Ática, 2006






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Stela Barbieri é artista, contadora de histórias, autora e educadora. Dirige o bináh espaço de arte.