A soleira da porta:
Coadores de uma materialidade invisível
Grávida matéria-viva em suspensão
O tempo sendo regurgitado pelas coisas.
O espaço indagado entre um vão e outro
Bacias prenhes de gravidade engolindo tudo
Presságios corroendo o cotidiano
Sua tessitura escorrendo pela soleira da porta.
vasos-coadores de nossas percepções,
A borra suspende o empoçado entendimento
Investido na posse de algo imaculado
Rubens Espírito Santo